Olá galera do Vale Music, estou
aqui para falar um pouco sobre teoria musical e contrabaixo, a convite da
administração do grupo. Fui convidado a escrever inicialmente sobre contrabaixo,
mas quando pensei na serie de exercícios que poderiam ser passados, me veio à
cabeça como os mesmos seriam transcritos de modo que todos os interessados chegassem
a entendê-los, e a resposta que achei foi a boa e velha linguagem do musico, A
Partitura.
Já a algum tempo, venho fazendo
esse resumo, digamos que é o meu jeito de ver e entender a partitura e a teoria
musical, (não muito diferente do convencional), mas tentei passar todo o
conteúdo que já estudei da maneira mais “prática” o possível, e isso poderá ser
visto mas a frente em; escalas, modos gregos, intervalos e muito mais, repito
que vou começar pela partitura, pois os exemplos que escrevi estão todos
escritos assim.
A partitura, é uma linguagem
universal (com termos originalmente em italiano), mas todos os instrumentos tem
suas particularidades, um sinal ou outro a mais, ou o mesmo sinal em partituras
de instrumentos diferentes pode significar coisas diferentes. Como um bom
exemplo, podemos citar as partituras de bateria, mas ai eu deixo para o nosso
amigo Glêberton Freire Medeiros.
Essa é a
primeira postagem de Teoria musical, espero não demorar a postar a segunda,
pois será a continuidade do assunto, e quanto ao contrabaixo visaremos os
estudos na sequência das postagens.
Teoria Musical
Musica é a arte dos sons e
ausências de sons.
Propriedades do Som
Altura – é a propriedade do som que o define em grave ou
agudo. É representado pela altura da nota no pentagrama e pela clave.
Duração – é tempo de propagação do som. Representado pelas
figuras musicais.
Intensidade – é a força utilizada para a produção do som.
Representado pelos sinais de dinâmica.
Timbre – é a cor do som, uma característica própria da voz
ou instrumento.
O Pentagrama
O pentagrama é o conjunto de
cinco linhas e quatro espaços onde se colocam as notas musicais. Conta-se as
linhas de baixo para cima.
Os espaços são contados assim
como as linhas.
As notas musicais podem ser
escritas nas linhas e nos espaços, os quais se contam de baixo para cima.
A posição no pentagrama indica a altura da nota,
quando mais alta ela estiver escrita mais aguda ela será, e mais baixa, mais
grave.
Também podemos escrever notas
mais agudas e mais graves do que as que ficam no pentagrama, com a ajuda das linhas
suplementares.
As que ficam acima da pauta, são chamadas linhas
suplementares superiores e se contam de baixo para cima. Primeira linha
suplementar superior, segunda linha suplementar...
As que ficam abaixo da pauta, são chamadas linhas
suplementares inferiores e se contam de cima para baixo. Primeira linha
suplementar inferior...
A contagem dos espaços é igual a das linhas.
Figuras musicais e pausas
As figuras são usadas para definir a duração das
notas no pentagrama.
As pausas são a ausência de
som. O silencio deverá durar o valor da figura da pausa.
As figuras usadas atualmente são:
* O numero representativo é
o numero das figuras em relação à semibreve. (Muito importante no estudo de
compasso).
A posição da haste da nota ao
chegar na 3ª linha se escreve para cima ou para baixo, tendo como base à nota
anterior.
Do segundo espaço para baixo, a
haste se escreve para cima, e do terceiro espaço para cima coloca-se a haste
para baixo.
Claves
Clave é o
sinal usado para dar nome às notas no pentagrama.
Existem três claves: Sol, Fá
e Dó.
* Clave de Sol pode
ser utilizada na primeira linha ou na segunda (mais usada).
A clave de sol é utilizada
para instrumentos de som médio-agudo, como violão, flautas, violinos, saxofone,
trompete... Vozes humanas; soprano e contralto.
* Clave de Fá pode
ser utilizada na terceira, quarta (mais usada) e quinta linha.
A clave
de fá utilizada para instrumentos de som grave, como fagote, flauta baixo,
trombone, contrabaixo... Vozes humanas; Baixo.
* Clave de Dó pode
ser utilizada na primeira, segunda, terceira (mais usada) e quarta linha.
A clave
de Dó é mais utilizada para a viola e voz humana; meio-soprano.
Seu uso não é igual as
demais claves, pois seu som não se define em grave ou agudo, mas sim médio.
A Colcheia:
Notas com colchete costuma
ser ligadas da seguinte forma:
Outro
exemplo:
As figuras
foram unidas formando um tempo cada combinação;
- Sinais de aumento e diminuição de tempo
Existem quatro maneiras de
aumentar o valor da nota (ligadura, ponto de aumento, duplo ponto de aumento e
fermata) e uma de diminuir (ponto de diminuição ou staccato).
- Ligadura é uma linha curva, que liga duas notas
(na mesma altura) somando os seus valores. Obs.: Pausas não se ligam.
- Ponto de aumento, é um ponto
colocado na frente da nota fazendo com que seu valor aumente a metade. Pode ser
utilizado também em pausas.
- Duplo ponto de aumento são
dois pontos colocados a frente da nota, aumentando assim ¾ de seu valor total.
O primeiro ponto aumenta metade na primeira nota, o segundo aumenta metade do
primeiro ponto.
- Fermata é um sinal utilizado
em cima da nota ou pausa para dar uma pequena “parada” na musica (sustenta a
nota ou pausa aproximadamente o dobro de seu valor ou até que o regente
ordene). Pode também ser colocada em cima do compasso, a musica tem uma
interrupção entre os dois, e volta no compasso seguinte.
- Ponto de diminuição, ou
Staccato, é um ponto colocado em cima ou embaixo da nota, e diminui metade de
seu valor. Não é usado em pausas.
Valor Simples: Nota sem ponto
de aumento.
Valor Composto: Nota com ponto
de aumento.
E ate aqui
vimos:
· Propriedades do som
· O Pentagrama
· Figuras musicais e pausas
· A Clave
· A Colcheia
· Sinais de aumento e diminuição de tempo
Ainda veremos:
- Compassos
- Formula de
compassos
- Dicas de
grafia e muito mais.
Espero que
tenham gostado dessa primeira parte galera, novas coisas interessantes estão por
vim!
Por, Nidson Rameri G. Nogueira.